segunda-feira, 19 de março de 2012

A GORDINHA

A GORDINHA


Essa é da série "quem são essas pessoas??"
A história podia ser um conto de fadas, e quase virou pesadelo.
Mas até tem final feliz.
Bom, parcial, rs.

Pra vocês verem como tem idiota pra tudo nesse mundo.

Ela é.... gordinha.
Não gorda-rolha-de-poço. Gordinha, mas linda.
Com cabelo, pele, sorrisos lindos. Com cintura, sabe? Mas beeeeeem gordinha. Daquelas que curtem bem a vida - montes de amigos, cervejinha no meio da semana até tarde, não resiste a um quitute. Daquelas que riem gostoso. Dona de um repertório de piadas sujas que fariam corar um estivador.

Por uma dessas coisas do destino, começou a namorar um cara nada a ver com ela - saradão, bonitão, natureba total, praticante de esportes radicais, dos que dormem cedo na sexta e acordam cedinho no sábado.
Pois bem.
Só que, contra todas as probabilidades, o negócio funcionou.
Ele começou a ficar menos travado, ser menos rígido com horários e dieta. Começou a aprender a relaxar mais. Ela começou a andar mais ao ar-livre com ele.

E eles se entenderam horrores naquele outro departamento também.
Ele dizia espantado que ela era "a foda da vida dele", talvez por não ser cheia de frescura feito as patricinhas que ele pegava, ser descontraída e bem resolvida.
E ele contou em off pra ela que era a primeira vez que não tinha a sensação de estar com uma boneca inflável, ou um saco de ossos.
Ela riu.

Digo que namoravam porque ela era daquelas que namorava. Decidida. Deixou as coisas bem claras de cara.
Ele demonstrava estar um pouco surpreso de estar atraído por ela. Ela, naturalmente auto-confiante, achava nada demais estar com o bonitão.
E tudo foi bem por um tempinho.

Só que.

Ela começou a estranhar umas coisas.
Ele adorava estar com o grupo de amigos dela.
Inclusive insistia pra estar sempre com eles.
Ela achava bacana... mas estranhava nunca sair com a galera dele, e nem ao menos conhecer a maioria dos amigos.
E ele sempre inventava uma desculpa pra ir sozinho, quando o encontro era inevitável.

Com ela, ele era um amor, apaixonadinho... mas era só falar em conhecer os amigos e família, e ele desconversava.

Depois de muito cismar, ela meio que botou ele na parede, e brincando e rindo disse que ele devia estar com vergonha dela, por isso nunca a apresentava.
E... ele não negou, senhoras e senhores!!!

O queixo dela caiu!
Ele tentou sair pela tangente, falou que os amigos eram uns babacas, e não queria que a julgassem. Mas no final praticamente admitiu que não aguentaria a pressão da família e dos amigos que estavam acostumados a só vê-lo com beldades.

Felizmente, nossa protagonista não era uma trouxa.
Quicando de raiva (apesar de mega triste) botou o galã pra correr. Nem quis ouvir as desculpas esfarrapadas dele.

Pelo menos a história tem final feliz: ela agora está pra casar, e com um cara que só falta beijar o chão que ela pisa.
E soube-se que o "herói" marombeiro tomou um chifre homérico da nova namorada Barbie. Que foi pega com um amigo dele!!!

Fim.

PS: a historinha é verdadeira. Eu fico sabendo dessas coisas, e fico passada.
Toma, otário! Se prende a padrões idiotas e depois acaba sozinho.
Fiz questão de contar essa.
Só porque a mocinha (finalmente e pra variar!) não se fode no final :)

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